Dr. Gustavo Constantino
O tratamento da disfunção femoropatelar (DFP) é feito através de reabilitação. Muitas vezes é um programa de exercícios que vai reequilibrar a musculatura para acabar com o desequilíbrio muscular e assim devolver uma distribuição de forças mais normal e natural para a articulação e desse modo acabar com a dor.
Existem outros tratamentos para tirar a dor, como uso de medicações anti-inflamatórias e viscossuplementação, mas certamente o principal tratamento é a reabilitação muscular.
O que tem de mais novo na ortopedia relacionado ao tratamento dessa patologia é a correta avaliação funcional dos fatores e desequilíbrios que estão levando à DFP. Hoje sabemos que fazendo testes de força, avaliando a interação da força dos músculos, as relações entre as forças de flexores e extensores do joelho, por exemplo, além de avaliar a musculatura do quadril e distúrbios como valgo dinâmico são fundamentais para o tratamento da DFP.
A cirurgia é raramente indicada na disfunção femoropatelar (DFP), mas existem sim casos que precisam de tratamento cirúrgico. Quando a dor femoropatelar é causada por uma lesão grave da cartilagem, muitas vezes ela tem que ser reparada cirurgicamente.
Quando a causa da dor é uma instabilidade do joelho e inclusive muitas vezes acompanhada por luxação da patela, também poderá ser necessário o tratamento cirúrgico para a estabilização da patela.
Existem algumas outras causas de cirurgia de exceção, como plica sinovial e pinçamento da gordura retropatelar. Mas reforço que o tratamento cirúrgico é uma exceção na DFP.
Quando necessária, a cirurgia é feita por artroscopia do joelho, que é uma técnica minimamente invasiva e que permite a correção da lesão.
Dr. Gustavo Constantino é ortopedista especialista em Cirurgia do Joelho e Tratamento da Artrose da equipe do Instituto Wilson Mello.