Dr. Daniel Guedes – Houve um tempo em que praticar esportes era coisa de crianças e adolescentes enquanto as pessoas mais velhas eram orientadas a evitar esforços físicos. Esse paradigma felizmente mudou: a atividade física faz bem para a saúde desde o nascimento até o fim da vida.
A atividade física regular pode reduzir o risco de doenças, incluindo hipertensão, doença coronariana, cerebrovascular, diabetes, câncer de mama e cólon, depressão e também melhorar a saúde óssea e funcional. Além dos benefícios para o corpo, pode auxiliar no tratamento de transtornos mentais, como quadros de ansiedade, depressão e estresse.
No entanto, um em cada quatro adultos no mundo (1,4 bilhões) não faz os 150 minutos de atividade física moderada recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o que poderia evitar até 5 milhões de mortes por ano.
Mundialmente as mulheres são menos ativas do que os homens e as atividades físicas são reduzidas nos mais velhos, nas populações mais pobres, em deficientes e doentes crônicos, vulnerabilizados e indígenas. Somente cerca de 30% dos moradores de grandes centros urbanos são ativos e a resistência à pratica de atividade física pode ser atribuída, dentre outros fatores, ao estilo de vida atual, marcado pelas facilidades tecnológicas.
Como começar uma rotina de exercício físico
Atividade física é toda situação em que a pessoa pelo menos dobra seu gasto de energia, seja numa atividade ocupacional (subir escadas, carregar um pacote, lavar o carro, varrer) ou formal (pedalar, nadar, dançar, caminhar, correr).
Achar um horário, pelo menos três vezes por semana, para priorizar os exercícios, é questão de saúde. Se isso for difícil, pode-se encaixar na rotina diária alguns momentos para movimentar-se.
A atividade aeróbia estimula a função dos sistemas cardiorrespiratório e vascular e acelera o metabolismo, enquanto o exercício de força (anaeróbio) exige que os músculos sejam contraídos contra uma resistência. Um programa completo de exercícios envolve as duas atividades e mesmo os idosos devem ser estimulados a fazê-las para melhorar a saúde e a qualidade de vida.
As atividades físicas escolhidas devem ser simples e incluídas na rotina sem radicalismo. Se o tempo for curto durante o dia, exercitar-se à noite não compromete os resultados.
O ideal é que a pessoa escolha uma atividade que possa realizar na maior parte dos dias, pois a regularidade é o melhor modo de obter resultados. É importante que a atividade seja agradável e executada na medida correta, sob supervisão do médico do esporte, considerando as condições físicas do indivíduo e suas preferências.
Dar o primeiro passo para sair do sedentarismo é difícil, mas muito importante para uma vida mais saudável!